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mai
2020
Soja tem dia de alívio, mas mercado segue travado

Segundo apurou a pesquisa diária do Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada, da USP), os preços da soja no mercado físico brasileiro fecharam a quinta-feira (21.05) com preços médios da soja nos portos do Brasil sobre rodas para exportação subindo 0,33% nos portos, para R$ 111,68/saca (contra R$ 111,31/saca do dia anterior). Com isto o ganho acumulado nos portos neste mês ficou em 7,82%.

Segundo a T&F Consultoria Agroeconômica, no Rio Grande do Sul os preços da soja voltaram a cair pelo segundo dia consecutivo: “Cerca de dois reais/saca, fixando-se em R$ 113,00 para junho, sobre rodas no porto de Rio Grande. No interior os preços de lotes no disponível também recuaram forte, cerca de um real e meio/saca para R$ 108,50 em Cruz Alta e dois reais/saca para R$ 108,00 em Ijuí e Passo Fundo. Com as quedas do dólar, vendedores ficam de fora e o mercado está travado”.

No Paraná, com a nova queda forte do dólar desta quinta-feira, o mercado continuou travado. De acordo com os analistas da T&F, isso frustrou as expectativas dos vendedores e não permitiu aos compradores oferecer nada melhor do que o que havia no dia anterior.

“Os trituradores chineses estiveram ausentes do mercado, depois que os preços da soja brasileira em uma base CIF China subiram pelo terceiro dia consecutivo devido aos custos mais altos de frete, bem como um real mais forte que reduziu a venda de agricultores. Os prêmios para a soja brasileira em uma base CIF China saltaram mais 2-5 c/bu com ofertas para embarque de julho indicadas em 146 c/bu sobre os futuros de julho”, completa a T&F.

Fonte: Agrolink

Na visão dos analistas da Consultoria ARC Mercosul, no Brasil, o câmbio entrou em forte contração na calmaria especulativa: “O Governo brasileiro tem passado a mensagem de que está tentando realinhar o Administrativo. Além do mais, o Banco Central alertou que continua disposto a interferir na volatilidade do câmbio e que fará novos leilões de Dólar swap nas próximas sessões, mantendo o movimento de queda do câmbio, exclusivamente, no curto prazo”.

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