05
mai
2017
Saiba como enfrentar a resistência na ferrugem da soja

No início de março, o FRAC (Fungicide Resistance Action Committee) relatou a presença da primeira mutação que confere resistência ao grupo das carboxamidas no fungo Phakopsora pachyrhizi. Diante de mais essa dificuldade, a pesquisadora da Embrapa Soja Claudia Godoy alista ações que o produtor e os técnicos devem empregar.

“A notícia publicada pelo FRAC ressalta a necessidade urgente de adoção de estratégias que visam reduzir a pressão de seleção de resistência, uma vez que esses isolados, ainda estão restritos a algumas áreas. Essas estratégias envolvem a utilização de misturas com diferentes modos de ação, a rotação de mecanismos de ação e a associação a fungicidas multissítios, numa tentativa de atrasar a seleção de isolados resistentes e também garantir a eficiência de controle, caso haja uma falha do produto sítio-específico”, explica Claudia.

De acordo com ela, a maior dificuldade hoje enfrentada no controle da ferrugem é a imprevisibilidade da população do fungo que estará presente na próxima safra. Como essa é uma doença com alto potencial de dano, o produtor deve trabalhar da forma mais segura possível para garantir um controle eficiente da doença e evitar redução de produtividade.

Atualmente, o maior custo atribuído à doença vem da utilização do controle com fungicidas, sendo estimado em US$ 2 bilhões. A especialista, que também é coordenadora do Consórcio Antiferrugem, ressalta que os fungicidas representam uma das estratégias de controle. 

“Para que o manejo seja eficaz, é preciso que o produtor adote todas as práticas que incluem a utilização de cultivares de ciclo precoce; semeaduras no início da época recomendada; a eliminação de plantas de soja voluntárias e a ausência de cultivo de soja na entressafra – também conhecido como vazio sanitário e a utilização de cultivares com genes de resistência quando disponíveis”, recomenda.

“Outro ponto importante que precisa ser levado em consideração é o monitoramento da lavoura desde o início do desenvolvimento da cultura para que haja o emprego de fungicidas preventivamente ou logo no aparecimento dos sintomas”, conclui.

 

Fonte: Agrolink

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