01
set
2021
Embrapa e Fundação Meridional apresentam portfólio no Show Rural

A Embrapa participará do Show Rural de Inverno Coopavel, de 1 a 3 de setembro, apresentando informações sobre trigo de duplo propósito, que serve tanto para a produção de grãos quanto para o pastejo dos animais, e também cinco cultivares de trigo e uma de triticale promissoras para os produtores paranaenses, desenvolvidas na parceria com a Fundação Meridional. São elas: BRS Gralha Azul, BRS Surubim, BRS Sabiá, BRS Sanhaço, BRS Atobá e BRS Jacana. “Essas cultivares foram selecionadas por apresentarem  alta produtividade, estabilidade, sanidade e qualidade tecnológica do trigo tipo pão e melhorador”, destaca o pesquisador André Prando.

Trigo BRS Jacana - lançamento
A cultivar BRS Jacana é um trigo da classe Pão, ideal para o fabrico do tradicional “pão francês”, farinha branca. Possui ciclo precoce, grão duro e é moderadamente resistente ao acamamento. Seu rendimento de grãos e estabilidade de produção, aliados à qualidade tecnológica, proporcionam ao agricultor e à indústria uma rentável opção de trigo pão. As regiões de indicação são: 1, 2 e 3 do Paraná.

BRS Gralha-Azul
A cultivar BRS Gralha-Azul é um trigo da classe Pão/Melhorador apta para produção de farinha usada para a fabricação do tradicional pão “francês”. Além da sua alta força de glúten e tenacidade, BRS Gralha-Azul apresenta estabilidade para qualidade tecnológica, boa resistência à germinação pré-colheita, garantindo a qualidade do grão, e boa resistência a doenças.

Possui moderada resistência à ferrugem da folha, oídio, manchas foliares, vírus do mosaico comum do trigo e ao vírus do nanismo amarelo da cevada. As regiões de adaptação são: Santa Catarina (regiões 1 e 2), Paraná (regiões 1, 2 e 3), São Paulo (região 2) e Mato Grosso do Sul (região 3). Possui ciclo médio de 124 dias e altura média de 83 cm, lembrando que as características dependem das condições edafoclimáticas.

Trigo - BRS Sabiá
A cultivar BRS Sabiá é um trigo da classe Pão, ideal para a fabricação do tradicional “pão francês”. Além de precoce e produtivo, a cultivar tem ampla adaptação e pode ser semeada em qualquer época recomendada para a cultura. A BRS Sabiá apresenta estabilidade para qualidade tecnológica e para rendimento de grãos, e rápido arranque inicial. Tem boa tolerância ao crestamento e boa resistência ao oídio e moderada resistência às manchas foliares, ao vírus do mosaico comum do trigo e ao vírus do nanismo amarelo da cevada. As regiões de adaptação são: Santa Catarina (regiões 1 e 2), Paraná (regiões 1, 2 e 3), São Paulo (região 2) e Mato Grosso do Sul (região 3). Lembrando que as características médias dependem das condições edafoclimáticas.

Trigo - BRS Sanhaço

A cultivar BRS Sanhaço é um trigo de ciclo médio, com boa capacidade de perfilhamento em regiões mais frias, apresentando uma boa resistência às manchas foliares, giberela, debulha e ao acamamento. Este trigo é da classe Pão, considerando as médias de força de glúten e estabilidade de farinha.

Possui maior destaque nas regiões tritícolas 1 e 2 para rendimento de grãos, com alta estabilidade em todas as épocas de semeadura. O ciclo médio é de 112 dias e a altura média das plantas é de 77 cm. As regiões de adaptação são: Santa Catarina (Regiões 1 e 2); Paraná (Regiões 1, 2 e 3); São Paulo (Região 2) e Mato Grosso do Sul (Região 3). 

Trigo - BRS Atobá
O BRS Atobá é uma cultivar de trigo melhorador de ciclo precoce com ampla adaptabilidade e estabilidade de rendimento de grãos nas três regiões tritícolas. Apresenta porte baixo e boa resistência ao acamamento, à germinação pré-colheita e à debulha natural, além de boa tolerância ao crestamento.

Esta cultivar tem ótima sanidade, sendo moderadamente resistente à giberela, manchas foliares e ferrugem da folha. Por sua grande força de glúten, sua principal aplicação é no fabrico de pão industrial, mistura com farinhas fracas e produção de massas. As regiões de indicação são: 1, 2 e 3 do Paraná, 1 e 2 de Santa Catarina, 2 de São Paulo e Região 3 do Mato Grosso de Sul. 

Triticale BRS Surubim
A BRS Surubim é uma cultivar de triticale produtiva, de ciclo precoce para espigamento e médio para maturação. Além disso, apresenta grande estabilidade e adaptação e excelente comportamento agronômico, pois incorpora características como rusticidade e resistência ao acamamento. Apresenta resistência ao oídio e à ferrugem da folha, além de boa tolerância ao crestamento.

Sua principal aplicação é na mistura na farinha de trigo para fabricação de biscoitos. As regiões de indicação são: 1, 2 e 3 do Paraná; 1 e 2 de Santa Catarina e 2 de São Paulo. “Esta nova cultivar destaca-se pela sanidade e produtividade, sendo uma excelente opção para diversificação de culturas no inverno para produção de grão focando também na alimentação animal”, avalia Prando.

 

Trigos para forragem animal
A Embrapa Trigo vai apresentar o resultado das pesquisas com trigo duplo propósito, destinados ao forrageamento animal. O trigo de duplo propósito é um cereal de inverno com ciclo vegetativo mais longo que permite tanto a utilização para a alimentação dos animais através de pasto, feno ou silagem, quanto para a colheita de grãos. Voltado especialmente para a agropecuária na atividade leiteira e de engorde de novilhas em Integração Lavoura-pecuária, a tecnologia permite o pastejo dos animais na época de escassez de forragens (vazio outonal), permitindo a posterior colheita de grãos.

Durante o Show Rural de Inverno 2021 estarão à mostra duas cultivares de trigo duplo propósito: BRS Pastoreio, um trigo desenvolvido para pastejo ou alimento conservado. A produtividade na silagem (massa verde) chega a 28.059 kg/ha e o rendimento de grãos (após dois cortes) é de 3.037 kg/ha; e BRS Tarumã, trigo com ciclo tardio (162 dias) que permite a semeadura antecipada, alta capacidade de perfilhamento, resistência ao pisoteio e bom rebrote. Rendimento de grãos médio de 3 mil kg/ha, com produção de forragem 30% superior à produção de matéria seca da aveia preta. “Essas cultivares possibilitam a semeadura antecipada e com isso o produtor pode utilizar para alimentar os animais na fase inicial e na fase final poderá fazer silagem para os animais ou ainda colher grãos”, ressalta Prando.

Texto: Lebna Landgraf e Joseani Antunes

 

Lebna Landgraf (MTb 2903 -PR)
Embrapa Soja

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