27
fev
2018
Embrapa apresenta tecnologias na Expodireto 2018

A Embrapa participa da Expodireto Cotrijal com mais de 30 tecnologias, destinadas a produção de grãos, criação animal, horticultura e fruticultura. Também serão apresentadas técnicas de manejo do solo e cultivo de soja. A feira acontece de 5 a 9 de março, em Não-Me-Toque, RS.

Nesta edição a Embrapa participa da Expodireto com seis Unidades da empresa: Trigo (Passo Fundo, RS), Clima Temperado (Pelotas, RS), Pecuária Sul (Bagé, RS), Suínos e Aves (Concórdia, SC), Arroz e Feijão (Santo Antônio de Goiás, GO), e Milho e Sorgo (Sete Lagoas, MG).

Na Vitrine de Tecnologias foram dedicados espaços para conservação de solo; época de semeadura e plantabilidade de soja; além de opções de forragem para verão. Os visitantes também terão oportunidade de conhecer cultivares de batata, sorgo, cornichão, trevos, capim sudão, capim elefante, feijão e soja. No espaço de apoio institucional ainda será possível obter informações sobre cultivares de trigo e outros cereais de inverno.

Solos

O trabalho com agricultura conservacionista é apresentado na estação de solos há mais de uma década na Expodireto, acompanhando os problemas que ocorrem no campo e apontando alternativas para reduzir as perdas na lavoura. Nesta edição, serão apresentados os resultados na avaliação dos efeitos da compactação do solo na produtividade da soja e do milho. Práticas para descompactar a parcela resultaram em ganhos de produtividade 125% superior para a soja e em 149% para o milho. Os caminhos para alcançar este incremento serão apresentados na Expodireto.

Batata

O Rio Grande do Sul é um dos maiores produtores de batata no Brasil. Na batata doce, o Estado é o maior produtor nacional, contando no período 2013-2015 com uma produção média de 164.669 toneladas/ano, representando 30% do total nacional. Deste total, 48% da produção está em 29 municípios, localizados especialmente na região sul do estado. 

Já em relação ao cultivo da batata-inglesa, o Rio Grande do Sul tem uma produção média anual de 371.277 toneladas no triênio 2013-2015. Com 10% da produção nacional é superado pelos estados de Minas Gerais, Paraná e São Paulo. (dados Atlas Socioeconômico do RS, 2017).

A base da produção na região está na oferta de material genético de qualidade. A Embrapa Clima Temperado desenvolve pesquisas no melhoramento genético de batatas e leva para a Expodireto cinco cultivares: BRS Gaita, BRS Amélia, BRS Cuia, BRS Rubissol e BRS Camila.

Feijão

Uma das principais atrações no estande da Embrapa são as parcelas como as novidades do feijão. No Rio Grande do Sul, o feijão é tradicionalmente cultivado em pequenas propriedades, com áreas variando de 2 a 15 hectares. O plantio inicia em setembro e se estende até dezembro/janeiro, variando conforme a região.  Contudo, apesar do feijão competir em área e período da safra com a soja, ele aparece como uma excelente opção de renda antecipada pelo ciclo-curto e liquidez de mercado. O feijão também serve de rotação com o milho e, dependendo a época de plantio, ainda permite o plantio do milho safrinha logo após a colheita do feijão.

Neste ano a Embrapa apresenta sete variedades de feijão, de grãos do tipo preto, carioca e especial: BRS Esplendor, BRS Estilo, BRSMG Madre Pérola, BRSMG Realce, o BRS Esteio, o feijão BRS FC 402 e o BRS FC 104. 

Pêssego

Os estados do RS e SC concentram cerca de 70% da área de pomares de pessegueiros no Brasil devido as melhores condições naturais para a produção devido a exigência de frio.

No RS, com 50% dos pomares, o maior volume de produção está na Metade Sul que compreende 29 municípios e concentra mais de 90% da produção destinada ao processamento industrial de diversas formas, com destaque para a compota. Anualmente são produzidas, em média, 40 milhões de latas de 1kg de compota destinadas ao mercado interno. Na Serra, predomina o cultivo de frutas de caroço, com grande importância econômica e social para a região.

Na Expodireto a Embrapa Clima Temperado apresenta duas variedades de pêssegos: BRS RubraMoore, destinada ao mercado in natura; e BRS Citrino, destinada ao processamento.

Criações

Um problema que afeta a maioria das propriedades rurais produtoras de suínos, aves e bovinos é a destinação de carcaças de animais mortos. A preocupação aumenta pela falta de regulamentação sobre remoção e destinação que atenda os aspectos sanitários, ambientais e econômicos. 

Para auxiliar produtores e órgãos regulamentadores, a Embrapa Suínos e Aves, em parceria com a Embrapa Gado de Leite, tem atuado na avaliação de algumas práticas e tecnologias como a compostagem acelerada, a biodigestão anaeróbia, a desidratação, a incineração e a reciclagem industrial de carcaças para a produção de farinhas, gorduras, fertilizantes e outros coprodutos de valor agregado.

Também serão apresentados temas como bem-estar na suinocultura, visando melhorias no trato e respeito aos animais; e boas práticas na produção de postura comercial, alertando para questão de gestão, qualidade e biossegurança de granjas comerciais.

Forragens

A Embrapa dispõe de diversas alternativas para forrageamento animal, através de cultivares para pastejo, silagem, feno ou grãos. 

Durante a Expodireto, a Embrapa Pecuária Sul vai mostrar três cultivares de leguminosas para sobressemeadura e consórcio com gramíneas forrageiras de inverno: BRS URS Entrevero (trevo branco), BRS Piquete (trevo-vesiculoso) e URS BRS Posteiro (cornichão).  Ainda, serão apresentadas duas opções de gramíneas indicadas para pastejo e cobertura de solo: a aveia URS S Fleteé e a cultivar de capim-sudão BRS Estribo. 

Na Embrapa, um espaço está destinado a demonstrar as combinações entre espécies para Integração Lavoura-Pecuária-Floresta (ILPF), sistema que confere grande versatilidade ao sistema de produção, permitindo que componentes culturais, econômicos e ambientais sejam considerados na adequação com a realidade regional. No local serão demonstradas cultivares de panicum (BRS Quênia), braquiária (BRS Ipyporã), sorgo silageiro (BRS 658) e milheto (BRS 1503), além de duas cultivares de trigo para alimentação animal, o BRS Pastoreio e BRS Tarumã.  

Soja

A distribuição de plantas na linha durante a semeadura da soja vai definir a uniformidade da lavoura. Para falar de plantabilidade na soja a Embrapa instalou algumas parcelas demonstrativas mostrando o melhor resultando na instalação da lavoura.

Na vitrine de soja, também será possível avaliar duas épocas de semeadura que destacam a importância de manejar a lavoura de acordo com a cultivar e o ambiente.

Também estarão amostra os últimos lançamentos de soja para as regiões frias do País, as cultivares BRS 5601RR, com ciclo precoce e o alto potencial produtivo; e a BRS 6203RR, capaz de aliar produtividade com amplitude na janela de semeadura.

Cereais

A cultivar de arroz BRS 358 foi desenvolvida para atender à culinária japonesa, com grãos de baixo teor de amilose que apresentam pegajosidade típica do padrão japônico, com cultivo adaptado às condições de várzea irrigada no Rio Grande do Sul. Assim, a cultivar brasileira é comercializada a preços até três vezes menores do que o produto importado, agregando renda no campo e na cidade.

O melhoramento genético na Embrapa Trigo tem buscado atender os diversos mercados oportunizando variadas estratégias para assegurar a rentabilidade do produtor.  As cultivares de trigo apresentadas na Expodireto serão: BRS Parrudo e BRS Marcante (destinados à panificação), BRS 374 (biscoitos), BRS 327 (branqueador) e BRS Reponte (baixo custo de produção). Ainda os trigo para alimentação animal BRS Tarumã (pasto+grãos) e BRS Pastoreio (pasto+silagem ou grãos).

 

Fonte: Cultivar

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