29
mar
2017
Em 40 dias, soja perdeu de 6 a 7 reais à saca

O mercado da soja na Bolsa de Chicago (CBOT) teve mais um dia de estabilidade, aguardando novas notícias para trazer oscliações mais fortes e expressivas. Os preços no mercado interno também refletem o cenário internacional. De acordo com o analista de mercado Camilo Motter, o mercado adotou essa semana como uma expectativa para os relatórios de estoque trimestral do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), que deve trazer um aumento de soja, milho e trigo em comparação com o mesmo mês do ano passado.

Também é aguardado o relatório de primeira intenção de plantio dos americanos - que deverá trazer um aumento expressivo no plantio de soja, de 33,7 milhões de hectares em 2016/17 para 35,7 milhões de hectares. No mercado interno, os fretes apresentaram uma pequena melhora, depois de recordes. Mas os prêmios, por sua vez, estão melhores. Os preços perderam de R$6 a R$7 por saca nos últimos 40 dias. Isso faz com que as praças brasileiras apresentem os piores preços desde maio/junho de 2015. Se for considerado que os custos evoluíram, a situação se mostra bastante difícil no momento.

"Nós vivemos uma situação de mercado travado, parado", destaca Motter. Os preços não atraem os produtores e há um menor volume de negociações antecipadas no comparativo com a média histórica. Neste ano, apenas 45% da safra foi vendida antecipadamente, contra 65% do ano passado e 45% da média histórica.

Motter acredita que algumas situações, daqui pra frente, irão gerar necessidade de venda, como a liberação de espaço nos armazéns. Poderão haver nuances positivas no mercado internacional juntamente ao mercado climático. No câmbio, complicações com a política brasileira também podem gerar oportunidades de venda.

Fonte: Notícias Agrícolas 

 

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