15
abr
2020
Como colher grãos no contexto de uma emergência de saúde

No contexto da situação epidemiológica do coronavírus (COVID-19), os especialistas do INTA, juntamente com personalidades de universidades e do setor privado, prepararam um relatório com recomendações para evitar a transmissão do vírus na colheita e armazenamento de grãos de campanha. grosso.

Segundo os técnicos, este ano “será fundamental chegar a um acordo prévio sobre a logística e garantir que as equipes estejam em campo quando necessário”. “No caso de haver restrições de movimento e transferência de máquinas, ter os serviços de colheita, pós-colheita e logística de grãos no campo, quando necessário, será decisivo para o bom trabalho”, enfatizaram.

Diante de uma situação complexa como essa campanha, os técnicos indicaram que, para realizar a colheita da maneira mais eficiente possível e não correr o risco de formar um gargalo para levantar e armazenar a produção, “os produtores devem avaliar a recomendação de iniciar a colheita com até 2% a mais de umidade acima do parâmetro de recebimento ”.

Na soja, essa sugestão significa colher grãos com entre 15,5 e 16% de umidade. “Em um dia de condições climáticas normais, essa porcentagem é reduzida durante a jornada de trabalho”, expandiram os especialistas.

Eles também recomendam manter a equipe de trabalho bem informada e restringir o acesso às pessoas afetadas por fatores de risco.

“É importante conscientizar todos os trabalhadores sobre os riscos de contágio, a fim de tomar precauções e evitar a transmissão do vírus, começando com a distribuição apenas de informações oficiais, a fim de evitar derramamentos e informações falsas que possam causar pânico. O mais importante são as pessoas, a saúde e a família e, portanto, é essencial atender e investir no cuidado ”, afirmam os técnicos.

Nesse sentido, sugerem o planejamento da metodologia de trabalho com a equipe interna e externa (produtor, consultor, contratado, operadores, caminhoneiros, colecionadores etc.) antes de iniciar as atividades de colheita e pós-colheita. Se possível, é conveniente fazer esses acordos por telefone para evitar o contato direto.

“O contato direto deve ser evitado em todas as suas formas e, se necessário, tomar medidas preventivas antes e depois do contato”, explicaram. Isso também implica evitar rodadas de matemática e multidões, tanto em atividades de trabalho quanto em acampamentos, cabines, rodadas, reuniões etc.

Em relação ao consumo de alimentos e bebidas, é desejável levar o seu próprio equipamento, juntamente com utensílios de mesa pessoais (talheres e copos) e produtos de higiene pessoal (toalhas e outros).

Outra sugestão é minimizar a mobilidade das pessoas e solicitar aos fornecedores que prestem os serviços pelas mesmas pessoas (caminhoneiros, motoristas, assistentes).

Nesse contexto, os técnicos buscam que os produtores realizem a menor mobilização de grãos nesse momento. “Sugere-se prever o armazenamento em estruturas próprias disponíveis nos estabelecimentos ou programar o armazenamento em sacos de silo (previsão de sacos e equipamentos para ensacamento de grãos)”, esclareceram.

Em relação à limpeza, recomenda-se a desinfecção meticulosa dos itens que são obrigatoriamente compartilhados por meio de contato direto (conhecimento de embarque, chaves, ferramentas, caneta, memória do monitor de desempenho, etc.).

Além disso, é necessário ter rolos de água limpa, sabão e papel absorvente em todas as máquinas de campo (tremonhas, colheitadeira e caixa rural) para que os funcionários possam lavar as mãos regularmente adequadamente.

No caso da área rural, por ser um local crítico para contágio (espaço reduzido), recomenda-se desinfetar periodicamente, revezar-se para as refeições e exigir o uso de cinta de queixo (tipo N95), também para descanso.

O relatório foi preparado por pesquisadores do INTA, universidades e setor privado, participantes do projeto “Desenvolvimento e aplicação de tecnologias de mecanização, precisão e digitalização para a agricultura”: Fernando Scaramuzza, Juan Pablo Vélez, Diego Villarroel e Mauricio Santa Juliana (INTA Manfredi ); José Peiretti e Mario De Simone (INTA Salta); Juan Giordano (INTA Rafaela); Santiago Tourn (Unidade Integrada Balcarce); Enrique Behr (INTA Crespo); José Méndez (INTA Totoras) e Federico Sánchez.

Uso de máquinas e veículos

De acordo com o guia de recomendações, colheitadeiras, tratores e caminhões devem ser ocupados apenas pelo operador treinado, sem acompanhantes, na medida do possível. Antes de uma transferência na operação de máquinas, é recomendável limpar e desinfetar adequadamente o posto de comando.

Para veículos de uso compartilhado, como veículos de assistência técnica e vans, a limpeza e desinfecção são incentivadas regularmente. Da mesma forma, é necessário limpar, desinfetar e ventilar periodicamente as salas de máquinas, a área rural, os galpões, as residências e os veículos de assistência técnica.

Da mesma forma, os técnicos buscam reforçar o uso de elementos de higiene e segurança pessoal, como luvas e tiras de queixo (tipo N95), para operadores de máquinas e instalações de armazenamento. Além de impedir a disseminação do coronavírus, essa ação evita o contato com poeira, fungos, micotoxinas, inseticidas, insetos e roedores.

Para a implementação, considera-se apropriado designar um operador de equipe como responsável pelo controle e conformidade das medidas de prevenção e pelo fornecimento de produtos de higiene para o pessoal e pela limpeza de máquinas.

Fonte: Mais Soja

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