05
mar
2021
Brasil terá formação de uma nova frente fria

A sexta-feira (05.03) terá uma mudança mais significativa no padrão dos ventos sobre o Brasil. A mudança ocorre, principalmente, devido à formação de uma nova frente fria, causada pelo avanço de uma região de baixa pressão da região sul para o oceano. Apesar disso, a distribuição das chuvas, de modo geral, para hoje sofre poucas alterações. Deste modo, ainda são previstas chuvas para boa parte do norte, centro-oeste e região sul. Entretanto, as chuvas retornam com mais força para o sul da região sudeste, mas sem alterar a massa de ar seco que atua sobre a metade norte da região e ao sul do nordeste.

A tendência é de que entre o sábado e o domingo (06 e 07/03), o estabelecimento da frente fria, vai organizar o fluxo de umidade no interior do país, o que favorece a formação de um novo episódio da Zona de Convergência do Atlântico Sul (ZCAS). De modo que, as chuvas mais significativas ficarão entre o AM e parte do sudeste (SP e RJ), deslocando gradativamente ao norte em direção à MG e ES, provocando alterações no tempo entre o domingo e a segunda-feira (08/03). A partir do domingo (07/03), o deslocamento da ZCAS é mais perceptível, alterando o padrão das chuvas. Diminuindo no sul ao passo que mantém o tempo instável sobre SP, MG e RJ. 

Saiba como será o tempo em cada região:

Região Norte
Seguindo o padrão característico da época, o forte calor com a alta disponibilidade de umidade no ar, favorece a formação das pancadas de chuva em praticamente todas as áreas da região norte. Porém, o avanço da Zona de Convergência Intertropical (ZCIT), sobre o norte do estado do PA e AP, vai favorecer grandes acumulados de chuva nestas localidades. Também são esperadas pancadas de chuvas localmente fortes sobre o estado de RR, RO e sobre o TO. 

Região Nordeste
Com o avanço mais significativo da Zona de Convergência Intertropical (ZCIT), em toda a faixa norte da região nordeste há condições para  pancadas de chuva localmente fortes, com destaque para o norte do MA, norte do PI e interior do CE. Contudo, a região de alta pressão nas camadas intermediárias da atmosfera (cerca de 4 a 5 km  acima da superfície), ainda impede a formação de nuvens carregadas sobre grande parte do sul do PI, oeste da PB e em boa parte do estado da BA. E na faixa leste do SE ao RN, há condições para chuvas fracas e passageiras. 

Região Centro-Oeste
O alinhamento dos ventos a cerca de 1.5 km de altitude, com a região de baixa pressão na região sul do Brasil, aumenta a oferta de umidade disponível sobre a região centro-oeste. Essa umidade é proveniente da região norte do país e é um dos principais ingredientes para a formação dos temporais sobre o estado do MS. Desta forma, além de grandes volumes de chuva, que podem passar dos 70 mm pontualmente, existem fatores que podem provocar tempestades, de forma isolada, com a presença de raios, vendavais e eventual queda de granizo. Já no MT e no GO, as chuvas terão uma característica de verão, pancadas isoladas e mal distribuídas, porém com maiores possibilidades de ocorrer entre o sul goiano e oeste do MT. 

Região Sudeste
Assim como na região vizinha, o fluxo de umidade amazônica, alinhado com a região de baixa pressão favorece a condição para pancadas de chuvas localmente fortes entre o estado de SP e sul de MG. No entanto, a massa de ar seco ainda mantém a influência do tempo sobre boa parte do centro-norte de MG, RJ  e ES. Vale ressaltar que, ao sul do estado de SP esses temporais podem ser na forma de tempestades provocando acumulados acima dos 50 mm em um curto período de tempo e acompanhados de raios e vendavais.


Região Sul
A influência da região de baixa pressão e do fluxo de umidade amazônica, dará condições para chuvas significativas em todos os estados do sul. Mas, além desses fatores, outras instabilidades reforçam a condição para tempestades, principalmente entre o norte e oeste do PR, com acumulados de precipitação expressivos, acima dos 50 mm e condições para raios, vendavais e eventual queda de granizo. No leste do estado gaúcho e na grande região de Porto Alegre, há possibilidades de pancadas que poderão ser localmente fortes.

Fonte: Agrolink

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