05
jan
2022
Soja salta até 4 reais

No mercado da soja do Rio Grande do Sul os preços saltam até $ 4,00/saca devido a expectativas negativas de produção, de acordo com informações divulgadas pela TF Agroeconômica. “Hoje os preços de pedra avançaram novamente em R$ 2,00/saca indo a R$ 170,00/saca e até R$ 4,00/saca no mercado de lotes, como resultado do aumento das preocupações após novo estudo feito pelo Departamento de Economia Rural (Deral)  que  indica que as perdas no PR podem vir a ser ainda piores do que no estudo emergencial realizado na virada do ano. Ademais, apenas 3.000 toneladas foram vendidas, o produtor segue segurando”, comenta. 

Santa Catarina retorna aos R$ 180,00, preocupações atingem todo o sul e além. “O  que  vem  ocorrendo  é  que  o  resfriamento anormal  das  águas  equatoriais  acaba  por  causar  um deslocamento  nos  ventos  alísios  (quente e  úmido),  levando-os a  áreas  com  menor pressão  atmosférica nas  zonas equatoriais. Além disso a água mais fria tende a evaporar muito menos, não permitindo o carregamento de umidade, por isso, o sul do país, incluindo SC, que é distante de uma convergência equatorial, lida com uma seca. Situações semelhantes podem ser observadas na Argentina e no Paraguai. Enquanto regiões mais a centro-oeste do Brasil lidam com altas taxas de precipitação que passam a se tornar preocupantes e tirar a qualidade da soja”, completa. 

Lotes seguem subindo no Paraná em resposta às condições climáticas, com alta de 3,45% em Paranaguá. “Assim como ontem o dia foi marcado por consistentes valorizações que não trazem  nada de positividade ao mercado, pois indicam antes de tudo o medo em relação à disponibilidade de soja e escassez de produto que elevam o preço. Segundo informações divulgadas pela Deral, em levantamento inicial sobre as perdas para embasar políticas públicas de socorro aos agricultores, feito a pedido do governo do Estado e divulgado na última sexta-feira (31), foi estimada uma redução de 37,8% na safra paranaense de soja, ou 8 milhões de toneladas, e de 42% na safra de milho verão, ou 1,7 milhão de toneladas”, conclui. 

Fonte: Agrolink

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