03
out
2023
Preocupação dos triticultores: como o clima afeta a produtividade do trigo

O período recente marcou o início da colheita de trigo no Rio Grande do Sul para a safra 2023/2024. Estima-se que a operação já atingiu 1% das lavouras durante os períodos de tempo estável e temperaturas elevadas, principalmente na Região Noroeste do Estado. Atualmente, a taxa de maturação das lavouras atinge 18%, com predominância das lavouras na fase de enchimento de grãos (54%) e em estágio de floração (23%).

No entanto, há crescente preocupação entre os triticultores devido ao clima excessivamente úmido, que tem favorecido a proliferação de doenças fúngicas, especialmente a giberela, nestes estágios críticos. Isso ameaça o potencial produtivo do trigo. O trigo é sensível às chuvas, especialmente após a maturação, e um atraso na colheita pode resultar em grãos de qualidade inadequada para a indústria de panificação. Na região administrativa da Emater/RS-Ascar de Bagé, na Fronteira Oeste, produtores enfrentaram desafios com as condições climáticas. Aproximadamente 20% da área cultivada já está na fase de maturação.

Mais: Excesso de chuvas e doenças fúngicas preocupam a safra de trigo

- São Borja, 10% das lavouras concluíram o ciclo, mas os produtores aguardam uma redução da umidade dos grãos e do solo para iniciar a colheita. Doenças fúngicas e outros desafios climáticos contribuíram para perdas precoces de área foliar e algumas áreas recorreram ao seguro Proagro devido a perdas significativas.

- Região da Campanha, volumes expressivos de chuva dificultaram a aplicação de fungicidas, aumentando a pressão de doenças nas lavouras. Danos causados por granizo foram pontuais.

- Candiota, alguns triticultores permitiram o pastejo do gado nas áreas afetadas. Já em Caçapava do Sul, as estimativas apontam perda de 30% no potencial produtivo das lavouras.

- Caxias do Sul, preocupações surgem devido às condições favoráveis de umidade e temperatura para o desenvolvimento de doenças, como a giberela. Nos municípios de maior altitude, as lavouras ainda estão na fase de elongação do colmo e emissão de espigas.

- Região de Frederico Westphalen, as condições climáticas adversas e a proliferação de doenças indicam uma possível redução de cerca de 5% na produtividade esperada.

- Ijuí, fatores como menor número de perfilhos e condições climáticas adversas contribuíram para uma redução no potencial produtivo estimada em cerca de 20%.

- Região de Pelotas, os triticultores enfrentaram dificuldades para acessar as lavouras com máquinas e implementos devido às chuvas, com foco nas doenças que afetam a espiga.

- Santa Rosa, 3% das lavouras foram colhidas com produtividade abaixo do esperado. O restante da área apresenta perdas preliminares de 7%. O excesso de chuvas durante a floração e enchimento de grãos afetou negativamente muitas lavouras.

- Região de Soledade, as lavouras com menor tecnologia enfrentaram problemas com doenças relacionadas a manchas foliares. Lavouras bem manejadas conseguiram manter um padrão de sanidade foliar, mesmo em condições de alta umidade relativa do ar. A entrada de pulverizadores nas lavouras tem sido desafiadora nos últimos dias.

Esteja atualizado sobre o progresso da colheita de trigo no RS 2023/2024 e os desafios enfrentados pelos triticultores.

Fonte: Agrolink.

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