26
jan
2022
La Niña pode ficar mais fraco

Na última semana, a temperatura das águas do oceano Pacífico Equatorial registrou um leve aumento, indicando uma mudança na intensidade do La Niña de moderado para fraco. “O motivo dessa alteração é o fenômeno chamado Onda Kelvin, com águas do oceano mais quentes que se deslocam para o leste”, aponta relatório da AgResource Brasil.

“O ponto principal é que se duas ou três Ondas Kelvin forem geradas em um período de três a quatro meses, há grande chance de o fenômeno El Niño ocorrer. Neste sentido, pelo menos três modelos indicam um aquecimento das águas do oceano Pacífico Leste até junho, o que revela uma evolução do fenômeno El Niño”, explicam os analistas.

De acordo com eles, uma Onda Kelvin é suficientemente forte para ‘combater’ as águas mais frias que estão no leste do Oceano Pacífico Equatorial (e que neste momento configuram a incidência do La Niña): “Atualmente, a Administração Nacional Oceânica e Atmosférica dos Estados Unidos (NOAA) indica que o calor na região mais superficial do oceano é neutro, mas se a tendência de aquecimento continuar, o La Niña deverá perder força”.

“A primeira influência desse potencial de mudança de um La Niña para o El Niño está na formação de ciclones do oceano Atlântico Norte. Isso porque se um El Niño se consolidar, a temporada de ciclones nesta região seria reduzida. A confiabilidade na previsão de um El Niño no fim de 2022 ainda é baixa, mas aumenta conforme os indícios de que o La Niña perde força”, conclui a filial da empresa norte-americana AgResource Company.

Fonte: Agrolink

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