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abr
2023
2023 pode ser o ano mais quente da história: ENTENDA

Os cientistas estão prevendo que 2023 pode ser o ano mais quente já registrado em todo o mundo devido ao surgimento de ondas de calor marinha, causadas pelas mudanças climáticas. 

A previsão de anomalia global da temperatura da superfície do mar em setembro de 2023. A International Multi-Model Ensemble (IMME) projetou o desenvolvimento de pelo menos quatro grandes ondas de calor marinha, um forte El Nino e água mais quente que o normal perto da calota polar. 

 Além da previsão de um El Niño potencialmente forte, o surgimento de ondas de calor marinha pode ser considerada uma das características da mudança climática, adicionando calor à troposfera e intensificando cristas subtropicais (áreas alta pressão - associadas à tempo seco), o que aumenta o risco de verões mais quentes e secos em algumas regiões. Curiosamente, as ondas de calor marinha podem adicionar umidade à atmosfera, levando a tempestades severas e inundações repentinas.

Qual a relação com o agro brasileiro?

Como resultado, a indústria agrícola pode enfrentar longos períodos de seca e eventos climáticos severos devido aos efeitos das ondas de calor marítimo no clima. 

Se essa tendência de águas mais quentes se confirmar – assim como o El Niño previsto para este ano – os eventos de tempo severo durante a primavera na região sul podem ser mais intensos e recorrentes. Alguns artigos científicos sugerem que eventos de tempo adverso são mais frequentes em primaveras com a presença de El Niño. 

Neste cenário, as lavouras ficam mais suscetíveis a danos relacionados à queda de granizo e vendavais. Que de maneira geral e abrangente, não existem contramedidas capazes de reduzir os danos relacionados a estes fenômenos. 

Já na região Norte e Nordeste, os períodos de El Niño estão relacionados a eventos de seca, sendo mais intensos na região Nordeste do Brasil. E dado as condições previstas, os eventos de seca podem ser mais pronunciados, o que pode resultar em impactos negativos na safra de grãos de 2023/24.

Fonte: AGROLINK

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