08
abr
2016
Importância das leguminosas terá destaque na ExpoLondrina

O Instituto Emater, a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) e o Instituto Agronômico do Paraná (Iapar) estarão demonstrando, em parcelas cultivadas na Via Rural Fazendinha, na ExpoLondrina 2016, 13 espécies comestíveis de leguminosas (feijão guandu, guandu anão, lentilha, ervilha, soja, feijão carioca, grão de bico, feijão caupi, feijão mungo, feijão fradinho, feijão azuqui, amendoim e tremoço branco) e oito leguminosas utilizadas para o manejo de solo e na alimentação animal (Crotalaria ocroleuca, Crotalaria spectabilis, alfafa, soja perene, lab-lab, ervilha forrageira, mucuna preta, mucuna anã).

A ideia é debater o assunto em 2016, Ano Internacional das Leguminosas, proposto pela Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura (FAO), cujo objetivo é ampliar a consciência pública sobre os benefícios nutricionais dos grãos. No Brasil, o feijão e a soja são as leguminosas mais conhecidas, mas existem muitas outras como as ervilhas, a lentilha, o grão de bico, além do feijão fradinho, guandu e azuki, por exemplo, introduzidos na culinária nacional.

De acordo com o pesquisador José Marcos Gontijo Mandarino, da Embrapa Soja, as leguminosas utilizadas na alimentação humana são importante fonte de proteínas, vitaminas e minerais. Suas propriedades nutricionais podem auxiliar no equilíbrio corporal e na manutenção da saúde.

O feijão carioca é um dos produtos mais consumidos no Brasil, esta leguminosa possui em sua composição 18% de proteínas e de 2 a 10 mg de ferro/ 100 g de feijão. Na composição da soja, encontram-se 37% de proteínas e 20% gorduras constituídas principalmente por ácidos graxos poli e monoinsaturados, conhecidas como "gorduras boas".

Além de excelente fonte nutricional, as leguminosas funcionam como adubos verdes contribuindo para a manutenção da qualidade do solo e garantindo a sustentabilidade dos sistemas de produção. Quando semeadas antes das gramíneas (milho e trigo), as leguminosas podem melhoram a qualidade do solo disponibilizando nitrogênio, nutriente essencial na formação da proteína.

"A cobertura do solo proporcionada pelas leguminosas e suas raízes aumenta o teor de matéria orgânica, responsável pela manutenção da vida microbiana e equilíbrio no solo. Como resultado, aumentam também a infiltração de água, a recuperação de áreas degradadas e melhoram as produtividades das culturas," explicam os técnicos Pedro Moreira, da Embrapa Soja, e Reinaldo Neris dos Santos, do Instituto Emater.

 

Fonte: Folha Web
Volte para a Listagem