18
fev
2016
Amaranthus ameaça séria à soja

O amaranthus palmeri, planta exótica aparentada do caruru, pode tornar-se uma ameaça para a soja do Paraná. Já identificada em plantações do Mato Grosso e Argentina, a praga é considerada agressiva e resiste a vários produtos agroquímicos.

Para conhecer mais sobre a espécie e as formas de combatê-la, a Ocepar uniu-se a instituições como a Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária), Faep (Federação da Agricultura do Paraná), Seab (Secretaria Estadual de Agricultura e Abastecimento) e Mapa (Ministério da Agricultura e Abastecimento) num esforço conjunto de precaução contra o amaranthus.

A planta ainda não foi encontrada em plantações paranaenses. Na tarde desta terça-feira (16/02), o pesquisador da Embrapa Soja, Dionisio Luiz Pisa Gazziero, esteve na sede do Sistema Ocepar, em Curitiba, para tratar sobre o assunto com o gerente técnico e econômico da entidade, Flávio Turra, e o analista técnico e econômico Robson Mafioletti.

Mobilização- Segundo Gazziero, quanto mais rápido as instituições ligadas à agricultura estiverem mobilizadas e articuladas, mais ágil e eficaz será o combate ao amaranthus palmeri. "O primeiro passo é conhecer essa espécie e identificar os agroquímicos aos quais ela resiste. Teremos então informações sobre qual o produto deve ser aplicado e em que momento essa aplicação deve ocorrer. Estamos acompanhando a ocorrência do amaranthus no Mato Grosso para aprender mais sobre a planta e repassar mais informações ao Paraná", explica. "Dessa forma, poderemos reduzir sua disseminação", completa.

Impactos - De acordo com o pesquisador, o amaranthus palmeri é comum nos Estados Unidos, onde é considerado um dos principais problemas das lavoras de soja. "A planta é uma espécie de caruru que não existia no Brasil. O amaranthus palmeri se multiplica rapidamente - há relatos de plantas contendo de 100 mil a 1 milhão de sementes. Essa espécie exótica pode cruzar facilmente com outras espécies que existem no Brasil, o que pode complicar a situação", frisa. "Mas não há razões para pânico, o que pretendemos é estar atentos, antecipando problemas que possam acontecer e evitando prejuízos maiores. Aprendemos com a buva e o amargoso que os agricultores levam certa tempo para manejar uma nova praga, perdendo produtividade e dinheiro. Se sairmos na frente, vamos conseguir reduzir os impactos do amaranthus palmeri", conclui.

 

Fonte: Ocepar

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